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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Diálogo entre Margarida e Dercy Gonçalves - Parte I



Dercy Gonçalves – Margarida, é este o seu nome?
Disseram-me que tenho pouco tempo para lhe falar, sou Dercy Gonçalves.



Margarida – Eu já sabia sobre esse novo encontro, quem não lhe conhece? Quero dizer, quando a irmã estava em corpo físico, o Brasil inteiro e parte do Mundo lhe conhecia. Eu dei muita risada com você.



Dercy – Eu sempre fui muito debochada e escrachada, vocês sabem; mas com as "coisas sagradas" eu tenho respeito, e se me vejo nesta situação, tão apegada as coisas da Terra, é porque eu vivi mais para o deboche, do que pra reza.


M – Acreditava em Deus, mas não praticava Seus Ensinamentos, como a maioria das pessoas. É isso, a gente acredita, mas não pratica.

Dercy – Eu sempre fui da noite, sempre fui do trabalho, e as coisas do espírito foi ficando...
Eu achava que aquele altar que eu tinha na minha casa era suficiente, e debochava do resto, essa é a verdade. Debochava de tudo, o sofrimento que passei me trouxe revolta, angústia, também melhorou um pouco minha alma; mas, o prestígio, isso tudo me atormenta.

M – Mas isso tudo ficou para trás filha.

Dercy – Sabe Margarida, estou perdida. São dois mundos. O mundo que eu cultuei, e o que eu vivi.

M – Já ouviu falar da Colônia Espiritual Servos de Jesus? Está situada no plano astral, no mesmo plano onde você se encontra. Já ouviu falar dessa Colônia?

Dercy – Eu ouvi, que eu ia ser levada para essa Colônia.

M – Esta Colônia existe, ligada a este Centro Espírita. A força do pensamento de todos nós, o trabalho realizado ao longo dos anos, pois este Grupo tem 40 anos de existência. Cresceu tanto que forneceu energia para construir uma Colônia Espiritual; e eu estou falando nisso, justamente para dizer que os Irmãos vão leva-la para a Colônia.

Não tenha receio; você pode encontrar pessoas conhecidas, de toda classe social. Tem médicos, políticos, enfermeiros, psicólogos, professores e outros. Uns moram, outros passam uma temporada, trabalham e vão embora.

Você vai morar também ali, aprender muita coisa sobre o plano astral. Você não era má pessoa. Fez rir muita gente, inclusive a mim; adoro dar risada.

Dercy – Ah, meus erros pesam.

M – E quem não errou, Dercy?

Dercy – Devia ter feito assim, devia ter feito daquele outro jeito, e controlar os palavrões! Ah, é difícil demais! Conversar assim sem poder falar como antes. (ela falava através da médium – Psicofonia)

M – O seu hábito foi o palavrão; outros tem o habito da bebida; outros da droga, do sexo, e cada um tem os seus maus hábitos. Nem todas as pessoas, é claro, mas por isso, não fique tão triste!

Dercy – Vocês parecem que são freiras. Só conversa séria.

M – Não, aqui não tem nenhuma freira.

Dercy – Com uns pensamentos desses, eu não consigo achar os palavrões na cabeça.

M – Mas, não diga mais palavrões, eu vou lhe dizer porque:
Tem as palavras que a gente deve pronunciar e as que não devemos, pois atraem negatividades.

Dercy – Eu sei que esse lugar é sagrado.

M – Não é por isso não, você pode até xingar, não tem problema. É que, veja bem: se eu digo: Deus o abençoe, sai uma energia forte, uma vibração bonita, suave, tranquila; mas, se eu digo: o Diabo te carregue para o Inferno: aí a energia que se manifesta é bem diferente; não é?

A energia que sai desta frase é muito densa, pesada, oposta a outra: Deus o abençoe, Deus lhe ajude na sua caminhada. Então, é só você ir mudando aos poucos.

Dercy – Mas eu enfrentei o preconceito. Por isso, mando todo mundo para "o Diabo que o carregue"!

M – Mas você passou para o mundo astral não faz tanto tempo; e assim como você levou tantos anos falando palavrões, aos pouquinhos, também, você para. Não vai ser da noite para o dia. Minha filha, calma.

No plano astral a gente precisa ter calma, precisa ter paciência.

Dercy – Ah! Eu tenho que desenvolver isso.

M – É, tem que desenvolver, senão você vai viver numa amargura por muitos anos.

Dercy – Eu quero tudo agora, tudo já, rápido.

M – Vamos colocar essa pressa na bolsa. Você mudou de vida, saiu do plano físico e foi para o plano espiritual, tem que mudar aos pouquinhos esses hábitos desagradáveis.

Dercy – Sabe o que eu queria? É não ter essa aparência de velha.

M – Mas vai perder se você fizer aquilo que a gente está aconselhando: esquecer dessa vida passada, da pressa incontrolável, dessa história de palavrão a todo instante. Você vai ver, que os maus hábitos vão mudando aos pouquinhos, e quando menos esperar, você vai ser aquela mulher nova, bonita.

Dercy – Eu era bonita.

M – Você era uma mulher bonita, era engraçada também.

Dercy – Fechava o comércio.

M – Mas para você voltar a ser uma mulher bonita outra vez, é preciso que você mude os antigos hábitos. Agora você está em outra dimensão. Mas, eu gostava de você e como muita gente gostava dos seus programas; e olhe que eu não gosto de palavrão, e nem de deboche.
Errar minha filha, todo mundo erra, quem não errou?

Dercy – A minha preocupação são esses que eu deixei aí. Eles estão despreparados, sempre acostumados comigo tomando todas as decisões, dizendo qual o caminho tomar, o que fazer, onde colocar o dinheiro, quando tirar, e agora?

M – Não se preocupe com isso não, depois que a gente passa pra lá, não precisa de dinheiro.

Dercy – Mas ficam me perguntando, o que é que há?! E como é que... aí! Eu pensei em um palavrão agora!...

M – Você deixou para trás muita coisa. Agora, eles que aprendam a se virar com o dinheiro.

Dercy – Ficam lá na minha tumba, conversando comigo. Aí, eu fico presa lá. Eu vou atender, eu quero responder a todo mundo...

Dercy Gonçalves & Margarida


GESH– Psicofonia – 14/10/2011- Vitória, ES – Brasil

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